quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Com os relacionamentos anteriores aprendi:

Que devemos ser verdadeiros independente da situação.
Que nem sempre vc vai receber a mesma consideração.
Que tudo que você faz, paga um pouco mais a frente, não necessariamente porquê as pessoas são vingativas,mais sim porquê é assim que a vida age.
Que faça o que fizer, as pessoas nunca estarão satisfeitas com nada e nem com ninguem.
E que provavelmente no dia que ficar só, eu vou esquecer todos os erros do passado e dores e vou passar por tudo isso novamente, afinal essa é a lei e ordem natural das coisas.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Sobre a morte e o morrer...



Texto interessante...
Peguei do meu antigo blog e acho que tem tudo a ver com o meu momento...

Sobre a morte e o morrer
Rubem AlveS
O que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de
um ser humano? O que e quem a define?

Já tive medo da morte. Hoje não tenho mais. O que sinto é uma enorme tristeza. Concordo com Mário Quintana: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver." A vida é tão boa! Não quero ir embora...

A morte é onde mora a saudade.

Cecília Meireles sentia algo parecido: "E eu fico a imaginar se depois de muito navegar a algum lugar enfim se chega... O que será, talvez, até mais triste. Nem barcas, nem gaivotas. Apenas sobre humanas companhias... Com que tristeza o horizonte avisto, aproximado e sem recurso. Que pena a vida ser só isto...”
Da. Clara era uma velhinha de 95 anos, lá em Minas. Vivia uma religiosidade mansa, sem culpas ou medos. Na cama, cega, a filha lhe lia a Bíblia. De repente, ela fez um gesto, interrompendo a leitura. O que ela tinha a dizer era infinitamente mais importante. "Minha filha, sei que minha hora está chegando... Mas, que pena! A vida é tão boa...”
Mas tenho muito medo do morrer. O morrer pode vir acompanhado de dores, humilhações, aparelhos e tubos enfiados no meu corpo, contra a minha vontade, sem que eu nada possa fazer, porque já não sou mais dono de mim mesmo; solidão, ninguém tem coragem ou palavras para, de mãos dadas comigo, falar sobre a minha morte, medo de que a passagem seja demorada. Bom seria se, depois de anunciada, ela acontecesse de forma mansa e sem dores, longe dos hospitais, em meio às pessoas que se ama, em meio a visões de beleza.
Mas a medicina não entende. Um amigo contou-me dos últimos dias do seu pai, já bem velho. As dores eram terríveis. Era-lhe insuportável a visão do sofrimento do pai. Dirigiu-se, então, ao médico: "O senhor não poderia aumentar a dose dos analgésicos, para que meu pai não sofra?". O médico olhou-o com olhar severo e disse: "O senhor está sugerindo que eu pratique a eutanásia?".
Há dores que fazem sentido, como as dores do parto: uma vida nova está nascendo. Mas há dores que não fazem sentido nenhum. Seu velho pai morreu sofrendo uma dor inútil. Qual foi o ganho humano? Que eu saiba, apenas a consciência apaziguada do médico, que dormiu em paz por haver feito aquilo que o costume mandava; costume a que freqüentemente se dá o nome de ética.
Um outro velhinho querido, 92 anos, cego, surdo, todos os esfíncteres sem controle, numa cama -de repente um acontecimento feliz! O coração parou. Ah, com certeza fora o seu anjo da guarda, que assim punha um fim à sua miséria! Mas o médico, movido pelos automatismos costumeiros, apressou-se a cumprir seu dever: debruçou-se sobre o velhinho e o fez respirar de novo. Sofreu inutilmente por mais dois dias antes de tocar de novo o acorde final.
Dir-me-ão que é dever dos médicos fazer todo o possível para que a vida continue. Eu também, da minha forma, luto pela vida. A literatura tem o poder de ressuscitar os mortos. Aprendi com Albert Schweitzer que a "reverência pela vida" é o supremo princípio ético do amor. Mas o que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser humano? O que e quem a define? O coração que continua a bater num corpo aparentemente morto? Ou serão os ziguezagues nos vídeos dos monitores, que indicam a presença de ondas cerebrais?

Confesso que, na minha experiência de ser humano, nunca me encontrei com a vida sob a forma de batidas de coração ou ondas cerebrais. A vida humana não se define biologicamente. Permanecemos humanos enquanto existe em nós a esperança da beleza e da alegria. Morta a possibilidade de sentir alegria ou gozar a beleza, o corpo se transforma numa casca de cigarra vazia.

Muitos dos chamados "recursos heróicos" para manter vivo um paciente são, do meu ponto de vista, uma violência ao princípio da "reverência pela vida". Porque, se os médicos dessem ouvidos ao pedido que a vida está fazendo, eles a ouviriam dizer: "Liberta-me".

Dizem as escrituras sagradas: "Para tudo há o seu tempo. Há tempo para nascer e tempo para morrer". A morte e a vida não são contrárias. São irmãs. A "reverência pela vida" exige que sejamos sábios para permitir que a morte chegue quando a vida deseja ir. Cheguei a sugerir uma nova especialidade médica, simétrica à obstetrícia: a "morienterapia", o cuidado com os que estão morrendo. A missão da morienterapia seria cuidar da vida que se prepara para partir. Cuidar para que ela seja mansa, sem dores e cercada de amigos, longe de UTIs. Já encontrei a padroeira para essa nova especialidade: a "Pietà" de Michelangelo, com o Cristo morto nos seus braços. Nos braços daquela mãe o morrer deixa de causar medo.

Texto publicado no jornal “Folha de São Paulo”, Caderno “Sinapse” do dia 12-10-03. fls 3.

Rubem Alves: tudo sobre o autor e sua obra em "Biografias".

Kurt Cobain


Terminei de ler ontem uma biografia sobre Kurt Cobain, e chorei, eu choro sempre choro com o final de pessoas que desistiram ou buscaram de alguma forma a morte, li em algum lugar que ele nunca enfrentou a vida de fato, e escolheu a morte para não ter que enfrentar a vida, atormentado pelas dores da alma e por sua debilitada condição física. Kurt teve uma adolescência difícil, foi privado de amor, e cresceu assim com um terrível vazio causado pela falta de amor, se sentia abandonado e diminuído, lendo, consegui entender que tem algumas pessoas que já nascem esperando a morte, Kurt era assim, insatisfeito, infeliz, vazio, tentou de tudo, de Jesus a heroína e fracassou em todas as escolhas que fez, nem com seu crescente sucesso conseguiu ser feliz, era um extremista, mentia , aumentava e acima de tudo não tinha medo das conseqüências de seus atos, seu único ponto de luz foi sua filha Frances, e até por ela, ele justifica seu ato, na mente dele ela conseguiria prosseguir melhor sem ele, depois de uma tentativa frustrada de suicídio, alguns meses antes, finalmente o atormentado gênio do movimento Grunge conseguia se matar, aos 27 anos, pondo fim também à uma incrível carreira musical. Nem o sucesso, o dinheiro, o reconhecimento e a fama lhe trouxeram felicidade.

A vida é um pouco mais complexa do que muitos céticos pensam, e esperar que bens materiais ou drogas consigam preencher o sentimento de vazio interior pode ser depressivamente fatal. Matar-se nunca pode ser a solução. A solução é viver...

sexta-feira, 11 de junho de 2010


Resolvi escrever sobre um assunto que me incomoda ao extremo... a falta de crença no ser humano.
DEUS, como pode acontecer uma coisa dessa? Como pode um ser humano tirar a vida de outro dessa forma, não consigo aceitar, e nem deixar de temer pela nossa própria vida, penso no que houve, uma moça linda, cheia de vida, coisas á realizar.
Que Deus conforte a familia, pois com certeza isso é mais um dos sinais de que a humanidade está no fim.O amor ao próximo, existe em poucas pessoas e pelo que vejo, o respeito também...milhares de mulheres, crianças, jovens, homens, são mortos, por amor, por amar, por ciúme, dinheiro,...
Só posso pedir misericórdia, pq a fé no ser humano, já perdi...

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